O tema da governança está em alta no mundo corporativo, em especial após casos recentes de empresas que enfrentaram graves dificuldades financeiras e reputacionais. Entretanto, implementar um programa de governança sem uma cultura corporativa que o acompanhe pode não ser frutífero.
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas. Envolve a criação de estruturas e processos para a tomada de decisões corporativas, garantindo a responsabilidade dos gestores perante as partes interessadas (stakeholders). Resumidamente, uma organização com uma governança corporativa bem estruturada define diretrizes claras sobre a forma como a empresa será administrada, a fim de assegurar a perenidade dos negócios.
Já a cultura de governança é a forma como a empresa reage a essas diretrizes, determinando os valores que são disseminados entre os colaboradores. Envolve atitudes e comportamentos que permeiam a organização como um todo e influenciam a forma como as decisões são tomadas e implementadas. Enquanto a governança define o que será feito, a cultura de governança refere-se a como fazer. Dessa forma, a dissonância entre a governança e a cultura de governança colocam a organização em uma posição conflituosa.
Benefícios de uma cultura de governança madura
Uma boa cultura de governança melhora a qualidade das decisões empresariais, pois proporciona um processo decisório mais estruturado e transparente. Além disso, aumenta a confiança dos clientes, investidores e demais stakeholders, tornando a empresa mais confiável e sustentável.
O primeiro ponto a se considerar é a organização da empresa. Por exemplo, existe um conselho bem instituído, com conselheiros independentes? As regras de funcionamento são bem definidas? Ainda, essas regras são claras para todos os departamentos? Com uma governança madura e transparente, possíveis conflitos internos são mitigados. Portanto, é fundamental determinar regras claras e acessíveis a todos os colaboradores. Além disso, a empresa precisa ter uma matriz de alçadas muito clara, definindo os papéis e responsabilidades dos colaboradores em relação aos gastos empresariais.
Se a forma de trabalhar for clara, a companhia tem uma grande chance de ser sustentável e perene. Afinal, governança é gestão de riscos. E gerenciamos os riscos para que as empresas vivam por muitos anos.
Por outro lado, a ausência de um processo de governança bem estruturado e de uma cultura de governança madura gera riscos significativos de fraudes, má gestão e perda de confiança dos stakeholders.
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