A Economia de “Baixo Carbono” está associada à diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e faz parte da estratégia de boa parte dos grandes negócios mundialmente, como forma de amenizar as mudanças climáticas globais. A expressão “carbono” é associada a todos os gases de efeito estufa, particularmente o Dióxido de Carbono (CO2), que é um dos gases mais relevantes e pode ser denominado apenas “carbono” (o que compõe a expressão).
A Gestão de Resíduos que considere sua valorização e o emprego de tecnologias modernas pode gerar menos emissões, interferindo no cenário de Baixo Carbono e mudanças climáticas.
O tratamento dos resíduos gera uma quantidade grande de gases geradores do efeito estufa, em especial o metano (CH4), como resultado da digestão anaeróbica da matéria orgânica contida nos resíduos. A incineração dos resíduos sólidos resulta ainda em dióxido de carbono (CO2) e dióxido nitroso (N2O). Segundo dados do Banco Mundial, no Brasil, o tratamento dos resíduos contribui com 6,1% das emissões de CH4 e com 3,8% das emissões de N2O.
Para o futuro, as emissões geradas na Gestão de Resíduos Sólidos dependem dos tipos de tratamento a serem empregados e do tipo de emissões que resultarem da tecnologia utilizada para esses tratamentos. Ou seja, dar mais atenção a processos que considerem a redução, o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos contribui diretamente para a diminuição de emissões de GEE.
Da mesma forma, a opção por tecnologias como a compostagem desvia os resíduos de aterros e, por meio um processo aeróbico (com presença de oxigênio), produz composto orgânico de alta qualidade, contribuindo naturalmente para a diminuição das emissões de GEE e, por consequência, tornando-se ação de uma Economia de Baixo Carbono.
Como chegar a uma economia de Baixo Carbono considerando a Gestão de Resíduos? Em parte, pode-se dizer que normas como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Novo Marco do Saneamento no Brasil fazem parte das recentes ações de origem pública para regulamentar a Gestão de Resíduos e estimular a redução de emissões de GEE, mas é possível fazer mais…
Por outro lado, é possível dizer que a iniciativa privada vem se aprimorando no investimento em tecnologias para uma melhor Gestão de Resíduos, muito em função da força de novas normas, mas também por ser uma temática que atinge as partes interessadas nos negócios, como investidores e consumidores.
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