“Nossa visão parcial atual é a causa de uma vasta gama de problemas contemporâneos, incluindo o colapso social, a degradação do meio ambiente, as epidemias de estresse e depressão e a corrupção nas empresas e no governo. Tanto homens quanto mulheres foram condicionados a valorizar características de liderança que tradicionalmente são consideradas masculinas: hierárquica, individualista e militar. Nós já sofremos demais por essas consequências desastrosas e não é mais aceitável continuarmos sofrendo por elas. A origem do problema é bem clara: sociedades por todo o mundo têm consistente e claramente desvalorizado qualidades e perspectivas tradicionalmente consideradas femininas.” Esse trecho abre o prólogo do livro “Liderança Shakti, o equilíbrio do poder feminino e masculino nos negócios”, de Nilima Bhat e Raj Sisodia.
Mas isso não tem cabimento. Excluímos mais de metade da população mundial para definirmos regras corporativas, para apenas ficarmos no universo das organizações, e imaginávamos, com isso, que não iríamos gerar profundas desigualdades? Pois bem, durante séculos foi assim, mas chega o momento, em 2022, que não é possível que continuemos aceitando como certo algo tão absurdo.
No dia 8 de março celebramos o Dia Internacional das Mulheres. Por que será que precisamos de um dia no ano, em meio a outros 364 dias, para relembrar a importância da Mulher nas nossas vidas? A começar que ninguém que está lendo esse texto nasceu de outra fonte que não tenha sido uma Mulher. Só aí o respeito, o cuidado, a reverência e o carinho deveriam ser inquestionáveis, mas não são. No mundo corporativo, parece que ainda estamos séculos atrasados. A ideia de criar o Dia da Mulher já é do início do século XX, mas somente em 1975 foi designado o Ano Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Esse dia tem como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, independentemente de raça, religião, etnia, idioma, cultura, economia e política.
Talvez, comparados às tantas desigualdades existentes, tenham sido várias conquistas, que as mulheres merecem e ostentam com orgulho, mas parece que são insuficientes para dar o espaço merecido às mulheres no mundo corporativo.
Outra iniciativa é o movimento da ONU, He for She (Ele por Ela), uma campanha de solidariedade instituída em 2014, onde todos os homens devem tomar medidas e iniciativas contra qualquer discriminação, desigualdade, exclusão ou injustiça contra as mulheres, se colocando no lugar delas.
Aproveito para convidar todos os homens que estão lendo esse texto a entender que não há qualquer espaço para desigualdade e discriminação da Mulher. DIGA NÃO e aja para garantir a Inclusão, Igualdade e Equidade na sociedade e no mundo corporativo.
Na Bravo GRC, ratificamos nossos valores com foco em “Amor e respeito em nossos relacionamentos” e “Que o certo é certo, mesmo que ninguém esteja fazendo”.
Aqui, a mulher pode ser o que quiser. Hoje, somos 51% mulheres e 49% homens.
Que todo dia seja 8 de março.