Auditoria é um aprendizado de longo prazo. A interação tanto com a primeira quanto com a segunda linha de defesa pode beneficiar e trazer grandes insumos ao trabalho do auditor. Na prática, conhecer profundamente o negócio da empresa, empregar soluções tecnológicas capazes de capturar e tratar dados, e estabelecer parâmetros de análise tornarão a entrega final muito mais rica.
O papel da auditoria interna no futuro das empresas é essencial não só para contribuir na eficiência das estratégias e dos negócios, mas também para atuar como o agente que responderá, de maneira contundente e assertiva, sobre como práticas de Governança — sejam do ponto de vista ambiental, social ou mesmo relacionadas aos riscos relevantes aos quais a organização pode estar exposta, inclusive questões reputacionais e de receita — serão capazes de impulsionar os ganhos futuros das corporações e o bem-estar da sociedade.
Hoje, reconhecidamente, grandes mudanças macroeconômicas e consequentemente mudanças estruturais trazem uma elevação dos riscos existentes e, ainda mais crítico, criam novos riscos. Exemplo disso são as relações de trabalho ou mesmo a dinâmica da cadeia de suprimentos. As funções de auditoria devem se concentrar em áreas que podem não ser consideradas de alto risco ou em riscos que talvez nem tenham sido considerados. A auditoria, por meio de uso massivo de dados, pode ter indicadores de aviso prévio, logo, o uso da função tem transitado entre averiguação e validação para observar e antever mudanças. Junto a isso, o papel da auditoria e dos auditores mais preparados tem, sem dúvidas, se transformado em estratégico. Uma enorme evolução está em andamento.
Neste cenário, o uso intensivo de modelos e processos e o emprego amplo de tecnologia, bem como a integração de dados de diversas fontes nas práticas da auditoria, é o futuro, que já é presente.
