Publicado originalmente na Revista RI.
O preconceito é um problema generalizado na sociedade e provavelmente continuará a ser um desafio no futuro. No entanto, é provável que vejamos uma consciência crescente da importância da diversidade e inclusão na tomada de decisões.
Para lidar com os preconceitos, governos e empresas precisam ser proativos na promoção da diversidade e inclusão, através da implementação de medidas para lidar com vieses sistêmicos, como treinamento de vieses inconscientes para tomadores de decisão e políticas de ação afirmativa.
O futuro da governança, riscos, integridade e vieses provavelmente será moldado por uma combinação de avanços tecnológicos, tendências sociais e econômicas e desenvolvimentos políticos. Para garantir um futuro sustentável e próspero, é essencial abordar essas questões de forma proativa e colaborativa. Ao investir em novas tecnologias e promover a transparência, a responsabilidade, a diversidade e a inclusão, podemos construir uma sociedade mais resiliente, antifrágil e equânime.
No excelente livro de Jessica Nordell, The End of Bias: A Beginning, há uma passagem que resume o quanto é desafiador melhorar os sistemas de governança. Em tradução livre: “O indivíduo que age com viés se envolve com uma expectativa em vez da realidade. Essa expectativa é construída a partir dos artefatos da cultura: manchetes e livros de história, mitos e estatísticas, encontros reais e imaginários e interpretações seletivas da realidade que confirmam crenças anteriores. Indivíduos tendenciosos não vêem uma pessoa. Eles vêem um devaneio em forma de pessoa.”
Se existem aspectos futuros para uma governança sólida e real, seja na interação humana, na digital ou em algoritmos, os vieses são, sem dúvida alguma, um enorme desafio, uma vez que envolvem componentes milenares.
Há muito a fazer se quisermos nos “desprogramar”.